Arquivo do mês: dezembro 2005

Artesão da Vida

 
Quando nascemos, somos como o barro que se encontra em qualquer chão. Temos substância, mas não temos particularidades, e nossa forma inicial é simples, pronta pra ser moldada e construída. A vida é quem com o passar do tempo se encarrega de nos moldar, como um artesão, que pega o barro misturado a água e vai construindo aos poucos a forma e particulatidade de cada peça. Mas por melhor que seja o artesão, ele também depende da matéria prima, de suas propriedades, e da mistura e absorção perfeita entre o barro e a água. Se a matéria prima é muito maleável, o menor toque do artesão da vida, faz a estrutura demoronar sobre sim mesma, e ficar disforme. Se a matéria prima é muito dura, mesmo que o artesão coloque força, ele pouco consegue moldar na peça, e a peça se torna grotesca e truncada, e pouco se modifica. Devemos ser a matéria prima certa, nem maleáveis demais, para que não desabemos sobre nós mesmos, sobre os temores e as dificuldades da vida, nem duros demais pra que possamos aprender com cada coisa que a vida nos coloca,  tirarmos lições e nos moldarmos a sermos pessoas melhores.
 
Feliz 2006 para todos!

Retrospectiva 2005

Pessoal antes de mais nada, não esqueci do blog!  2006 volto com a corda toda. Mas o objetivo do post de hoje é fazer uma retrospectiva da minha vida, pra esse ano de 2005.
 
Acho que o primeiro grande problema de 2005 foi a espectativa que eu entrei nele. Achei que seria o ano mais feliz da minha vida (e confesso que no fim de 2004 as perspectivas eram essas mesmo). Afinal em 2005 eu me formaria, estava amando, planejando casar, entre outras coisas.
 
Mas logo no começo do ano, em fevereio, veio a "facada". O anel era de vidro e se quebrou, e ao mesmo tempo que aprendi o que era o amor, aprendi o que era sofre por amor (bem, a vida é pra aprendermos mesmo, foi apredizado completo -RISOS- ).  Em abril eu tentei reorganizar minha vida sentimental, mas dei um passo maior que a pena, e sofri o castigo por isso, mas aprendi que as vezes mais do que dar tempo ao tempo, é preciso que tenhamos consciência de que o tempo pra superar as coisas é único pra cada ser.
 
Em maio, meu aniversário, caramba, acho que foi o aniversário mais triste que eu já tive. Tinha feito tantos planos, e quando me vi estava alí, sozinho. Ixe deu vontade nem de sair de casa. Mas ao mesmo tempo, alí estava começando minha virada. Saí do antigo estágio por vários motivos, desde questão de valor monetário, como também pra me desapegar de antigas lembranças. E fui pra onde é meu atual emprego pra ganhar melhor. Na universidade comecei a tomar gosto do curso (processo que já tinha começado a ocorrer no ano de 2004) e continuei melhorando minha média, e fazendo amadurecer a idéia do meu trabalho de graduação.
 
Junho, Julho e Agosto, fora de muito trabalho, fins de semanas enclausurados no meu quarto, "parindo" meu trabalho de graduação. A idéia de tentar o mestrado começava cada vez mais a entrar na minha cabeça e o gosto pelo vida acadêmica ia ficando cada vez maior. Com muitas dificuldades, como quase tudo na minha vida, meu trabalho ficou pronto. O legal de quando as coisas são mais difícies, é o sabor de se conseguir superar. Pois bem, apresentado meu trabalho de graduação, as obrigações universitárias da graduação chegavam ao fim. E começavam a surgir os raios de sol depois de tanto tempo nublado na minha vida.
 
Em outubro veio a minha formatura, e os últimos momentos com a minha turma, e percebi que devia ter aproveitado melhor os momentos com ela. Pois realmente minha turma era repleta de pessoas super bacanas, e eu não sabia. Mas a vida é assim, nos enganamos com as pessoas, mas muito melhor se enganar positivamente, do que depositar uma confiança em alguém e ver aquilo ruim. Pois é, isso também aconteceu em 2005.
 
Novembro, dezembro, a partir daí fiz novas amizades, conheci pessoas maravilhosas. Novos amigos. Expandindo meus horizontes,  para conhecer pessoas bacanas em todo o Brasil. E agora perto do natal saiu o resultado da seleção do Mestrado, onde fui selecionado, e agora tenho pelo menos mais 2 anos de muita dedicação e trabalho pela frente.
 
2005 foi um ano atípico, foi um ano neutro, porque as coisas boas e as ruins se anularam. É um ano pra não ser esquecido, pois trouxe lições valiosas, sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre os sentimento. Um ano onde inimigos se tornaram amigos.  Onde um amigo se tornou um nada pra mim. E assim caminha a humanidade.
 
Talvez 2006 já esteja começando bem, porque as espectativas não estão fechadas, o futuro está aberto, e eu estou livre pra viver, tanta coisa pra acontecer, tantas possibilidades, não vejo a hora de 2006 se iniciar.
 
Feliz 2006 pra todos!