Arquivo do mês: fevereiro 2006

Bon Jovi Quase 20 anos…

Pra quem acompanha o blog (alguém?) sabe que dificilmente eu coloco textos de outras pessoas, tirando as músicas. Primeiro porque esse é meu espaço pra me expressar, então prefiro colocar meus textos, segundo porque por mais que eu me identifique com o texto de alguém, nunca vou ter a mesma sensação que a pessoas que o escreveu. Mas hoje abrirei uma exceção porque esse texto que colocarei abaixo diz quase tudo o que eu penso. Quem me conhece já deve ter ouvido de minha boca a seguinte frase: "Eu me odeio por isso, mas eu gosto de Bon Jovi" e ontem mais uma vez estava eu lá vendo o show da banda antes das 500 milhas de Daytona, fazer o que, Bon Jovi faz parte da minha adolescência. Bem sem mais prolongamentos o texto bacana que eu li na net:
 
Diminua o tamanho da cabeleira e cante Bon Jovi

20 anos depois, leia relação das dez "melhores" músicas da banda

Ricardo Baca
The Denver Post

O Bon Jovi é um integrante tão básico da cultura jovem norte-americana que é difícil imaginar o final da década de 1980 sem a banda de Nova Jersey, liderada pelo carismático Jon Bon Jovi, com os seus cabelos modelados por spray.

É claro que o conjunto continuou gravando e fazendo turnês durante a década de 1990, e ainda está junto, tocando músicas do tépido CD "Have a Nice Day".

Mas, à medida que o aniversário de 20 anos de "Slippery When Wet", em agosto, se aproxima, é difícil acreditar seriamente que a banda seja algo mais do que uma relíquia de outra era, um lembrete do ponto em que chegamos.

Naquela época, o Bon Jovi era dinamite nas rádios, chegando a ser inovador. Só nos Estados Unidos, a banda vendeu quase 15 milhões de cópias de "Slippery" e do CD seguinte, "New Jersey", e o grupo sempre foi um sucesso no exterior. Eles foram os pioneiros de um sub-gênero de heavy metal que enfatizava as melodias pop, os vídeos centrados na imagem dos seus integrantes e as canções simples.

A maior contribuição do Bon Jovi para a civilização, conforme a conhecemos, pode ter sido o fato de permitir que até aqueles de nós mais obtusos para a música fôssemos capazes de cantar sozinhos as suas melodias. Tendo isso em mente, eis aqui as dez principais músicas da banda para se cantar em voz alta –seja como karaokê, seja no carro. E, não, "Bed of Roses" não faz parte das dez.

1. "Raise Your Hands" – A música com mais freqüência subestimada (e muitas vezes relegada ao esquecimento) do repertório da banda, "Raise Your Hands" é uma composição exótica que remete a clichês como "más reputações" e "situações difíceis". Aquele refrão de mau gosto em que a guitarra parece uma metralhadora também é inesquecível. E há o sintetizador de fundo. Dá para imaginar o que acontece durante o show quando a banda pede ao público que os acompanhe em um enorme coro? "Raise your hands!" ("Levantem as mãos!"). É algo que me deixa nervoso.

2. "Livin’ on a Prayer" – Uma música classicamente ruim, "Livin’ on a Prayer" é algo que todo sobrevivente da década de 1980 deveria memorizar. E a maioria o fez. Isto ficou claro em um recente café da manhã, às 4h, em Las Vegas, quando um dos participantes começou a cantarolar – "We gotta hold on to what we got…" –e a mesa inteira formou um coral, para horror do lotado Peppermill.

3. "You Give Love a Bad Name" – Ok, eis a fórmula: "Shot through the heart/And you’re to blame/You give love a bad name" ("Atingido no coração/E você é a culpada/Você dá ao amor uma má reputação"). Por algum motivo, muita gente acredita que a parte intermediária é "And you’re too late" ("E você está muito atrasada"), o que não faz sentido. Embora o coro frenético e que se fixa em nossas mentes –o escarnecedor "I play my part, and you play your game" ("Eu faço o meu papel, e você faz o seu jogo") –seja um sucesso, o resto da música não é tão divertido. Mesmo assim, aquela breve passagem na qual eles soltam os freios ao final da música (com palmas e bateria rápida!) se constitui em um belo momento, um marco do "jock rock".

4. "I’ll Be There for You" – O Bon Jovi adora as improvisações lentas. E nós também (o álbum com esta música foi um dos primeiros que eu comprei na vida). Mesmo com 11 anos de idade, eu fui capaz de enxergar através da ridícula névoa de spray de cabelos do Bon Jovi. "I’ll be there for you/These five words I swear to you/When you breathe, I wanna be the air for you" ("Estarei lá a lhe esperar/Juro a você estas cinco palavras/Quando você respirar, quero ser o seu ar"). Fiquei pensando: "Quem são esses babacas?", e depois memorizei cada palavra. Esta música também possui uma das piores letras do Bon Jovi: "I didn’t mean to miss your birthday, baby/I wish I’d seen you blow those candles" ("Não queria perder o seu aniversário, querida/Gostaria de ter visto você soprar as velinhas"). Ai!

5. "Runaway" – Agora estamos chegando à velha escola. Este foi o primeiro sucesso isolado do Bon Jovi –tecnicamente, foi o primeiro e único sucesso de Jon Bongiovi antes que ele mudasse de nome. Foi o que deu início a tudo e o encorajou a montar a banda. Ela é divertida, por ser diferente de todas as músicas que vieram depois. Os teclados não retiram necessariamente a ênfase do solo de guitarra, mas dá à música uma personalidade "pop-sintetizador" bastante própria.

6. "Wanted Dead or Alive" – A postura é tudo com relação a esta música. Lembre-se, você é um caubói, e o seu cavalo é feito de aço. Ou algo semelhante. A idéia absurda de Jon Bon Jovi como um caubói é o que torna esta música bizarra. Você poderia pensar que "Wanted Dead or Alive" estaria mais próxima do topo da lista, mas ouça-a novamente e perceberá que não há nada de muito interessante nela. "I walk these streets, a loaded six-string on my back/I play for keeps ‘cause I might not make it back… I’ve seen a million faces, anda I’ve rocked them all" ("Ando por estas ruas, com uma guitarra carregada com seis cordas nas costas/Toco para sobreviver, porque posso não ser capaz de retornar… Vi um milhão de rostos, e apaguei todos eles". Quando a música retorna para aquela parte do "sou um caubói", não consigo me manter sério.

7. "Always" – Pegue a melhor voz der falsete para balada de rock dos anos 80 e aborde esta pérola que teria deixado Whitney Houston orgulhosa: "IIIII will love you, baby, always/IIIII’lll be there forever and a a day" ("EEEEu a amarei sempre, querida/EEEEuuu estarei lá pela eternidade e mais um dia") . Não se esqueça de manter uma expressão nostálgica na face.

8. "Lay Your Hands on Me" – Qual o problema com aquela irritantemente longa introdução? A demora para os músicos começarem a cantar é de um minuto e quarenta segundos. Mas tão logo a parte vocal tem início, o roqueiro, com um estilo gospel simplista, prende a sua atenção como se estivesse interpretando uma mistura de "Appetite for Destruction", da era Guns N’ Roses, e "Faith", da era George Michael.

9. "Blaze of Glory" – O crédito por esta melodia foi para Jon Bon Jovi, e não para a banda. Ele fez a trilha sonora para o filme "Young Guns II" –eles devem ter gostado daquela história de "Sou um caubói" –, e isso me lembra Peter Cetera libertando-se de Chicago e compondo "Glory of Love" para um dos filmes "Karatê Kid". Terrível, sim. Mas também fantástico.

10. "Bad Medicine" – Parte KISS, parte New Kids on the Block, esta está longe de ser a melhor música do Bon Jovi. Mas em se tratando de um grupo, a música é uma rebelião sonora. "There ain’t no doctor that can cure my disease" ("Não há médico capaz de curar a minha doença"). Ah, é? "That’s what you get for falling in love" ("É isso o que você recebe por se apaixonar"). Sim, muito bem, é isso o que eu digo. A proclamação exagerada da palavra "medicine" ("remédio") não é lá muito condizente com o rock ‘n’ roll, mas o que mais se poderia esperar de uma turma de embusteiros da pior qualidade?

 
Tradução: Danilo Fonseca

Tirado do UOL: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/outros/2006/02/20/ult586u323.jhtm

 

Enquanto isso, na Sala da Justiça….

Pra que não conhece, no carnaval de Olinda existe um bloco chamando "Enquanto isso na Sala da Justiça" que foi criado para relembrar os bons tempos do antigo desenho dos super amigos, mas que claro serve pra vermos um bocado de marmanjos vestidos de super-heróis. Apesar de ser fã de histórias de Super-Heróis em Quadrinhos, até hoje nunca tinha ido nem pro bloco nem pra prévias… bem até hoje. Estou aqui pronto pra ir, com minha "fantasia" de super-herói pronta. Realmente foi uma fantasia muito difícil de fazer, caríssima, e muito criativa… é esta abaixo:
 
 
https://i0.wp.com/www.dcsecretfiles.dreamers.com/superboy7.gif
 
Esse é o atual uniforme do Superboy, que é um clone 50% do Superman e 50% do Lex Luthor. Quem for e ver alguém usando essa sensacional fantasia, sou eu 😛
 
 
 
 
 

Novidade Musical

Bem, coloquei ontem a noite uma ferramenta do MSN Spaces no blog, pra rolar som via Windows Media Player. Vocês podem ver aí do lado, pra quem tiver coragem é só apertar o play e ouvir, pra estrear (e como eu sou uma pessoa corajosa) coloquei eu cantando Just Like Heaven do The Cure. É só eu e a guitarra, foi uma gravação descompromissada, então não reparem na guitarra mudando de ritmo no meio da música, nem no meu inglês, por favor heheheheheh. Qualquer coisa deixem um comentário, nem que seja pra dizer que eu canto mal!
 
Abraços a todos!
 
Pra quem quiser saber como habilitar a ferramenta aconselho esse blog:  http://spaces.msn.com/mmadrigal/

Considerações…!

A idéia da brincadeira foi bacana, mas tô começando a achar que não vai vingar, pelos seguintes motivos:
– Primeiro que eu sou gente boa demais pra ser xingado de graça por quem me conhece (desse detalhe excetuam-se os meus amigos escrotos, como o que já postou um comentário).
– Segundo, não sou famoso nem "style" o suficiente pra ser xingado em larga escala, como se pode ver esse blog ainda não é muito frequentado.
– Terceiro, tem uma ex-namorada minha que se participar aqui ganha na hora (e isso porque ela é minha amiga, imaginem se não fosse).
 
Então a partir de agora tá proibido a participação de ex-namoradas , e só vai valer isso aqui se tiver no mínimo 15 comentários. E por favor né gente, criatividade, xingamentos em relação ao físico e chamar o cara de viadol são muito batidos (Né Mateus?).
 

Concurso Xingue o Dono do Blog

Caros amigos leitores, como escritor de blog (e agora estou tentando manter posts quase diariamente) eu também sou leitor de outros blogs, logo colocarei uma lista de blogs que leio aqui para que as pessoas possam conhecer. Mas tenho visto que nos blogs mais famosos, de algumas personalidades até certo ponto famosas também, a moda é vários comentários xingando os donos dos blogs. O ápice parece ter acontecido no blog do Gerald Thomas ( http://geraldthomas.blog.uol.com.br, pra quem não sabe ele escrever muitas críticas ao governo Lula) onde ele se cansou de receber tantos xingamentos daqueles que se dizem defensores da moral e da ética (e vão nos blogs dos outros xingar, é engraçado) e resolveu desabafar e contra atacar.
 
Realmente o que se percebe é que a internet tem se formentado num instrumento do ódio, da agressão e da covardia, vemos no Orkut comunidades racistas, depoimentos idiotas, e do outro lado pessoas que se julgam justiceiros e defensores da "moral" assumindo um policiamento e tomando medidas extremas e "violentas" (como hackeando pessoas e comunidades). O caso clássico é o de um garoto que exercia seu racismo idiota no orkut e que semanas depois foi morto a facadas na rua, que direito um "cidadão" tem de exercer pra si o poder da justiça, seja no mundo concreto ou no virtual? Poder de polícia deve ser dado a polícia, o poder do cidadão é o de denunciar. Tudo isso reflete a fragilidade da sociedade que vivemos, a internet nada mais é do que a virtualização dessa sociedade, com todos os seus lados positivos e negativos. Só que a pequena, mas grande diferenças é que o contato via internet é mais universal e rápido, é um meio de comunicação poderoso, e deve ser usado com cuidado.
 
Mas o que o título do post tem a ver com tudo isso? Bem é que como aqui quase não tenho comentários, resolvi lançar o concurso xingue o dono do blog (no caso eu). Aquela pessoa que colocar um comentário me xingando, e eu julgar que foi o xingamento que foi mais digamos assim… condizente comigo, vai ganhar um prêmio (estou pensando em um livrinho de bolso, com despesas postais bancadas por mim). A graça do concurso é xingar com inteligência, palavras de baixo escalão são válidas, mas todo mundo xinga assim, então tente ser diferente e ao mesmo tempo objetivo. Será que essa concurso vai dar certo? Será que terei mais comentários aqui? Veremos!  Ah só vale xingar nos comentários desse post exclusivamente, pra facilitar o julgamento, e não esqueçam de deixar seus e-mails. Boa sorte! Estarei aceitando xingamentos até o dia 20 de Março!
 
Ah e uma dica, leia alguma das minhas opiniões nos meus posts, assim fica mais fácil saber que ponto atacar pra me xingar!
 
 
PS: Não esqueça de visitar o Ato Contrário (http://atocontrario.blogspot.com/) em breve novo layout e novos posts, mas estamos esperando comentários legais (xingamentos só aqui) por lá também.
 

Lettera…

Da série:
Coisas que não foram faladas, ou cartas de amor que não foram entregues.
 
A termodinâmica diz que é impossível se atingir o zero absoluto, porque é impossível gerar frio, sem que uma máquina gere calor no processo.
 
Parece inconsistente, mas assim também é a vida. Não existem pessoas completamente frias, todos temos sentimentos que nos aquecem. Mas o fato de todos terem sentimentos não quer dizer que todos temos sensibilidade para compreender os sentimentos das pessoas ao nosso redor, alguns talvez até tenham, mas num ato egoísta preferem não se dar ao trabalho de fazer um pequeno esforço e descobrir a grande recompensa que está lá, presa talvez no centro de um grande "Iceberg".
 
Todos temos sonhos, e desejos, que não nasceram para serem falados, entregues, mas sim descobertos, temos coisas que a boca não fala, mas que podem ser expressas pelo nosso olhar. Disfarçamos, dissimulamos tão bem as tristezas e até as alegrias, muitas vezes através de um bom humor forçado, um sorriso amarelo, ou uma seriedade aparente. Mas não fazemos isso por falsidade, fazemos porque queremos ser descobertos, não queremos que qualquer um se aproveite de nossos segredos, queremos alguém que se mostre digno, aquele que vai tirar a "excalibur" da pedra, e se tornar rei ou rainha de nosso coração.
 
"Decifra-me ou te devoro!" Não precisamos viver sobre esse estigma. O objetivo não é entender alguém, somos inentendíveis e inexplicáveis, nossas ações são imprevisíveis, mas são capazes de serem compreendidas. Não se busca quem nos entenda, tal pessoa não existe, Mas alguém que nos compreenda, que não julgue, que saiba o momento de dizer que estamos errados, e o momento de que acima de receber uma bronca, o que precisamos é apenas de colo, é preciso mais uma vez a sensibilidade associada ao bom senso.
 
Porque escrevi tudo isso? Porque não te quero por uma noite, não quero te julgar por se assim ou assado, não quero te conquistar para ser um troféu de exibição. Não, você me mostrou um pontinha do teu verdadeiro valor, e me deixou com vontade de descobrir mais, quero te conhecer, quero saber mais de você, da coisa mais banal ao que realmente te importa. Quero ter a sensibilidade pra olhar dentro de você, me encantar com tuas virtudes, achar engraçadinhos os seus defeitos. Quero que você seja importante pra mim, e que eu possa ser o mesmo pra você, que nos descubramos juntos, e que possamos quem sabe batalhar um pela felicidade do outro. Vontade não me falta!

Saudades…

Hoje dia 13 de fevereiro, a 6 anos atrás saía a última tira de Peanuts.  Charles M. Schulz, o criador da tira morria no dia 12 de fevereiro de 2000. 
 
Antes no dia 3 de janeiro saiu a última das tiras diárias, que é esta abaixo:
 
 
E no dia 13, um dia depois de sua morte saía a sua última tira do fim de semana:
 

 

Versão colorida: 

 

 

Que puxa… saudades viu…. tá aí fiquei emocionado… nada mais a declarar….

Frases Quase Inspiradoras 2

A piedade é o prêmio de consolação dos fortes aos fracos, por estes terem chegado em último lugar.

 

*Cuidado, não confundam compaixão com pena. Uma é uma dádiva, a outra um sentimento desprezível.

Frase quase inspiradora do dia

Não vou falar mal do amor, estaria sendo ingrato… Não vou falar bem do amor, estaria sendo falso… Existem horas em que o silêncio é nossa melhor afirmação.

Ê meu amigo Charlie Brown

Já falei aqui uma vez sobre como os quadrinhos são uma arte como qualquer outra, uma forma de atingir as pessoas, e de colocar os problemas e as concepções humanas em forma de arte. Nesse aspecto talvez nenhum autor tenha conseguido o que Charles Monroe Schultz conseguiu. Schultz criou a série cômica Peanuts e com ela vários personagens carismáticos como Snoopy, Lucy, Linus, Marcy, Patty Pimentinha, entre outros… Para prestar uma homenagem daqui até segunda comentarei sobre essa série, começando por um de seus personagens mais carismáticos.
 
Charlie Brown (meu preferido) foi um personagem inspirado na própria história de vida de Schultz. Charlie a primeira vista é um loser, ninguém o respeita (muitas vezes nem o seu próprio cachorro o Snoopy, nem sua irmã Sally), é péssimo nos esportes (tanto o time de baseball quando o de futebol americano dele são horríveis), ele ama a garotinha ruiva mas nunca tem coragem de se declarar pra ela, é um personagem meio melancólico. A pergunta é como um personagem desse pode ser tão amado, ter originado uma tira que foi publicada de 2 de outubro de 1950 a 13 de fevereiro de 2000. Não é um mistério tão grande descobrir isso.
 
É engraçado que Charlie Brown é o único personagem da série que sempre é chamado por seu nome completo por quase todos. Tirando Patty Pimentinha que o chama de Chuck (ou Minduin como ficou nas traduções aqui no Brasil) e Marcy que o chama de Charles (por sinal Marcy é uma das únicas pessoas que respeitam e parece saber a importância que o Charlie tem).
 
Charlie Brown vive não as angústias de uma criança, mas de um ser humano como eu ou você, que buscamos uma identidade, sermos amados no nosso dia a dia por nossos familiares e amigos, e buscamos um objetivo pra acordar todo dia de manhã e não pensarmos que é apenas mais um dia como qualquer outro. O grande detalhe é que ele aguenta tudo que passa, as pessoas o machucam e na maioria das vezes não se dão conta disso, mas ele aguenta, sempre tenta fazer o melhor. Como achar pessimista um personagem que apesar de perder todos os jogos de baseball sempre tenta motivar os companheiros que pode ser diferente dessa vez, ou que caindo uma tempestade no dia do jogo é o único jogador a comparecer e mesmo debaixo de chuva espera que seus amigos não o deixem na mão (e eles o deixam).
 
Sim Charlie Brown é aquele cara que acredita nas pessoas, que o amanhã pode ser diferente, que dessa vez a Lucy não vai tirar a bola da marca antes dele chutar a bola. Se você quer o chamar de loser por isso, então ser loser não é tão ruim…
 
Quem nunca teve sua garotinha ruiva, que atire a primeira pedra, um amor inocente, um sonho, aquela pessoa que te cativa com o olhar, mas que você tem medo de se declarar e de quebrar aquele encanto. As vezes me pergunto se as "garotinhas ruivas" não tem mesmo que ficar intocadas por nós, pra que toda aquela magia nunca se perca.
 
Charlie Brown seria aquele cara que seria seu amigo e você não se daria conta da sua importância, até que ele te fizesse falta… e que falta faz, segunda-feira dia 13 farão 6 anos sem novas tiras… com a morte de Schultz sua família julgou que ninguém poderia continuar o seu legado, e concordo com isso, ninguém mais teria talento pra passar os dilemas do mundo através do pensamento de crianças (e de um cachorro) como Schultz fazia.
 
Quando era pequeno fui tocado pela sensibilidade desse incrível desenho (sim pra quem não sabe Peanuts foi animado, e teve vários especiais vencedores de Grammys). Um desenho simples, que não tratava as crianças que o assistiam como idiotas, com personagens cativantes. Uma das coisas que realmente marca minha infância. É engraçado, sempre me achei muito parecido com o Charlie Brown, cercado de pessoas mais só, taxado de pessimista, mas na verdade no meu interior sempre fui um otimista de carteirinha. E aprendi uma coisa, se tivessemos mais Charlies Browns no mundo, viveríamos num lugar muito melhor.
 
Obrigado meu amigo Charlie Brown.