Acho que muita gente vai achar esse título e esse post em si meio maluco, ou então feito por um cara depressivo. "Saí dessa cara, que mané ser atraído pela tristesa". Mas de uns anos pra cá venho pensando muito no grande papel que a tristeza desempenha na vida de uma pessoa.
Semana passada estava estudando escalas harmônicas de violão quando me deparei com um conceito interessante de que as escalas e os acordes menores são tristes, pra baixo, enquanto os maiores são felizes, pra cima, e que dependendo do clima que se quer colocar na música fazemos mais uso de uns ou de outros. Músicas com muitos acordes maiores é pra cima, com muitos menores é mais para baixo, mais reflexiva.
A partir daí percebi que a maioria das músicas que eu gosto tem predomínio de acordes menores. As que eu faço também. Filmes tristes me deixam agoniado, mas chamam mais minha reflexão do que filmes com final feliz. E minha fase criativa maior foi sempre nas fases mais tristes, nada como uma dor de cotovelo básica pra qualquer bruto virar um poeta.
A verdade é que a felicidade é meio insensível, a tristeza as vezes aparece na nossa vida para nos lembrar que aqui dentro ainda bate um coração, que a gente ainda se machuca e que ainda precisamos de tanta coisa para crescer, para aprender nessa vida. O recado é que tristeza como moderação (como tudo na vida) faz bem pro corpo, para mente, e combate o câncer =P
Diário de Notícias Desencontradas 